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N​ã​o Lembra Ao Diabo

by ZARCO

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elementus musicalis Completamente ao estilo do Fausto. Eu, que ouvi milhares de vezes o álbum "Por este rio acima", reconheci logo as influências. Também há um pouco de José Mário Branco na primeira faixa e Gaiteiros de Lisboa no Sr. Doutor. Não me perguntem porquê. 🤣 Ah. Adorei a "cover art" e os vários compassos compostos da complexa faixa final. Muito bom 😸😸 Favorite track: Devagar, de Mansinho.
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1.
Escuta, meu menino Durante a vida Alcança os sonhos Pois é disso que ela vive Luta por um sorriso Não só na tua cara Mas também nos outros Com quem vives Escuro é o que há de vir Mas a noite não traz Esta escuridão A razão das flores É florir Mas não há luz Na noite Que é medo E essa noite Está aí... Dúvidas crescerão Mas todo o corpo Que duvida Traz também um coração Encontra em todos Um irmão Pois todo o corpo que duvida Também pisa o mesmo chão Por fim, assim verás É nascer e morrer sozinho Vivendo acompanhado Restou aquilo que farás Por isso faz, alcança, sonha E viverás iluminado.
2.
Sonhos Tanto sonhos sonhados Almejados e pensados Em muito mais que uma vida E quantos desses sonhos Impedidos Por dizerem a verdade Quantos sonhos eram lindos… Ah, Já não há inocentes Sabemos quem são eles Aqui no meio da gente Vieram a falar Como quem fala a brincar Vieram para roubar, ludibriar e sufocar… Ah, Ainda há resistentes Gente livre Em liberdade No pensamento E na vontade Ah, E enquanto gente livre Temos mais é que sonhar Ah, E enquanto gente livre Temos mais do que sonhar Se já não é fácil, não é? Agora imagina com as peças todas Cortam-te as asas, pois é E tantas quantas sinas De umas vidas outras Por isso prefiro Morrer de pé
3.
Estou sempre à espera Que alguém me venha dizer Como vem Enquanto espero, Ele espera também, devagar Mas ele é um bicho mesquinho Se esconde à espreita em qualquer esquina Devagar vem de mansinho E traz a morte num estandarte E a gente tem de cantar Ó pá! É a cantar que se entende Que há vida p'rá´lém do mar. Estou sempre à espera refém por não querer acreditar E nesta espera alguém Já me disse para não esperar Alguém já velho pela vida Avisou para que não se repita O mal feito lá atrás E a gente tem de cantar Ó pá! É a cantar que se entende Que há vida p'rá´lém do mar. Pois abre o olho E procura em toda a parte Quem traz a morte Nesse porta-estandarte Quem logo diz-contradiz Em disfarce É estar atento E fazer com que não passe Mas ele é um bicho mesquinho Se esconde à espreita em qualquer esquina Devagar vem de mansinho E traz a morte num estandarte E a gente tem de cantar Ó pá! É a cantar que se entende Que há vida p'rá´lém do mar.
4.
Sr. Doutor 04:54
Só me enxerguei Quando ele estava já Na sombra do rei. Porém a história Começa antes Quando na sombra Escrevia a lei. Foi lá bem longe da cidade Que nasceu este sr.dr E nessa baixa densidade Não se tornou num pescador. Nos tempos do sem-resort Calcorreando a sua sorte Foi pras finanças de finas andanças Fugiu daqui pra enganar o engano. Voltou para Portugal Sorrateira desgraça - a nossa - Pois a poeira que assentava Não deixou ver o que ele tramava. Lá subiu e se fez rei E encontrou a sombra que o esperava Esse escuro que tanto ansiava E lá pelas galas de honor No chão dos outros o mal semeava. Ocultou-se nos fraques de amigos E contava com essa amizade Que lhe subia a contabilidade Que lhe enchia os bolsos de verdade E na mentira a transparência o cobria E enquanto isso o povo lá ria. Ó sr.dr é que do alto da sua brandura O brilho ofusca quem logo procura As trafulhices da sua candura E daí foram mais dez anos Fingiu de múmia batendo recordes Tirando a água do velho capote Suportado pelas suas gentes Pois na finança tinha as costas quentes Pois agora a sombra é lei E lava os pés em praia de água morna E colhe os frutos da sua reforma E em seu nome não tem nem uma porta. Aparece retratado Nos processos que são dos amigos Interligados todos pelos umbigos Mas nada o irrita A sua sombra cobre e cega a justiça
5.
Afinal o mar já se acalma E o dia ainda sem luz E o ar das bocas geladas se traduz Em fumo tal qual angústia A que a véspera nos encalhou No calor dos risos de ontem A surpresa nos apanhou O ronco inquieto das ondas alvoroçou O medo encontra a voragem E hoje já cá não estou E olhai as nuvens abertas Entre nós não falta ninguém Calafrios, memórias despertas Quem não tem? O mar já se acalma E um novo dia seduz Atira e vira ao mar Quem se foi não há-de voltar E quantas vezes o sol nascer Tanta coisa por fazer Farei tantas coisas Quantas vezes o sol nascer Farei tantas coisas Quantas tantas as vezes que o sol nascer
6.
Era noite cerrada Quando eu me fiz à estrada Tinha a roupa que tinha Mais o verde livro do Cesário E tinha sonhos e inspirações Das mais altas vulgares razões Puras imaginações Tinha as ideias montadas Um tanto quanto figuradas O aviso dos perigos da estrada Estava lido e estudado Os rebuliços constantes do plano Não tinham sido contemplados Mas Ama onde a estrada começa Pois a vida aqui é sem pressa E algum dia vais ter de findar Sombra, luz e vento Água e mar Marulho d’água, terra, luz, ar e sol Som das coisas De uso para estar Barulho terra, vento, sol, luz e ar Logo quebra o jugo Algo a nascer Alguém parte o jogo de vez.

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“Não Lembra Ao Diabo” é a viagem de regresso de ZARCO. Estes 6 temas assentam em quatro estágios: Afastamento; Ritos de Entrada; Viagens Além Limites; Renascimento. De modo acústico, a banda quebra o silêncio e desdobra-se para se encontrar. O que encontrou? Talvez um modo de estar.

Piano: João Sala
Guitarra 12 Cordas: Joe Sweats
Guitarra Clássica: Fernão Biu
Bateria e Bombos: Pedro Santos
Percussões: ZARCO e Diogo Arouca Rodrigues

Disco gravado entre Março e Abril de 2023 nos estúdios da Cuca Monga, em Alvalade, Lisboa.

credits

released June 16, 2023

Gravação: Diogo Arouca Rodrigues
Mistura: Diogo Arouca Rodrigues e Gonçalo Bicudo
Masterização: Hugo Valverde e Rui Dias
Ilustração: Beatriz Bagulho
Caligrafia: Gonçalo Perestrelo
Design Gráfico: Francisco Ferreira

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